MIGALHAS | José Francisco Ortiz Morillo (Venezuela)
Tornam
os dias com sua lenta memória
feito
pão sobre a mesa futura.
Tornam
os dias com a certeza
de
calada mansuetude.
Enquanto
as animadas formas
de
que é feito o mundo sofrem
a
permanência intercambiável das algas,
O
homem, barro tartamudo,
não
sabe que fazer com suas palavras.
Provedor
de migalhas ao amanhecer
na
pasmaceira alegre da tarde.
_______________
Tradutor|
Joseh Antonio Assunção [Brasil]
Versão
do espanhol - 01.jan.2014
JANTAR
NO BRASIL, séc. XIX | Jean-Baptiste Debret
BULEVAR| José Francisco Ortiz Morillo
Se
soubessem as vozes
que
pescamos nas ruas
quão
inútil seria guardar
tanto
estilhaço de palavras,
rebotes
de candeias
nos
olhos, a perdulária tarde.
Se
soubessem as vozes
que
intentam alcançar-nos
como
reuniríamos seus traços
no
ar viciado das ruas.
Seus
escarcéus de sílabas
girândolas
incansáveis a nomear
a
folha _esquina talvez, hiatos_
de
um livro abandonado.
Tradução:
Joseh Antonio Assunção (Brasil)
Fotografía: Teatro Municipal/Rio de Janeiro (BR)
Foto:
MundoImagem
BULEVAR
Si
supieran las voces
que
escuchamos en las calles
cuán
inútil sería guardar
tantos
pedazos de palabras
rebotes
de candelas
en
los ojos y la tarde.
Si
supieran las voces
que
tratan de alcanzarnos
cómo
reuniríamos sus trazos
en
el aire grave de las calles
sus
escarceos de sílabas
girando
sin fin para nombrar
la
hoja que plegamos
de
un libro abandonado.
José Francisco
Ortiz
No hay comentarios:
Publicar un comentario